Aproveitar a onda...
"Não, não costumava conduzir-se assim, e estava nervosa e tensa; mas compreendera desde o início da intimidade de ambos que o pintor exigia dela um género livre e surpreendente de manifestações amorosas,que queria que ela se sentisse inteiramente livre e à vontade com ele, solta de tudo, de todas as convenções, de todo o pudor, de toda a inibição; gostava de lhe dizer: "não quero que me dês nada a não ser a tua liberdade, a tua liberdade total!" e queria ser convencido a cada instante dessa liberdade.(...) Sentia-se como uma turista que tem diante dos olhos as mais belas paisagens,mas que está demasiado cansada para lhes apreciar a beleza; não extraía alegria nenhuma do seu amor, mas sabia que era um amor belo e grande e que não devia perdê-lo".
In, A vida não é Aqui - pág.47/48
" Agnès estava à espera desta pergunta. Era por isso que gostaria de estar sozinha com o desconhecido. Sentia-se incapaz , diante de Paul, de responder:"não quero viver mais com ele" Não pode dizê-lo na presença dele, nem ele diante dela, embora seja provável que também ele gostasse de viver a sua próxima vida de um modo diferente e, por conseguinte sem Agnès. Porque dizerem em voz alta um diante do outro: "Numa oróxima existência, não queremos ficar juntos, não queremos voltar a encontrar-nos", equivaleria a dizer: "nenhum amor existiu ou existe entre nós". (...)
Agnès reúne todas as suas forças e responde em voz firme:"Preferimos não nos tornarmos a encontrar".
E é como se batesse com a porta ante a ilusão do amor"
In, A Imortalidade - pág. 44/45
4 Comments:
O amor tem tantas portas fechadas... abertas... por abrir...
O amor dava rios... mares de letras revoltas para ser descrito... bom... se isso for possível : )
Beijos amados
Aqui a Je ignorante ainda nada leu dele :(
Obrigada pelas tuas palavras, hoje e sempre :)
A "Insustentável Leveza do Ser", filosófico e intrigante...
I LIKE THIS!!!!
;)
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