Mixikó

"Apesar de tantas provações, a minha idade avançada e a grandeza da minha alma fazem-me achar que tudo está bem." Sófocles, Édipo

A minha foto
Nome:
Localização: Lisboa

"Esse Universo enfim, sem dono, não lhe parece estéril nem fútil. Cada grão dessa pedra, cada estilhaço mineral dessa montanha cheia de noite, forma por si só um mundo. A própria luta para atingir os píncaros basta para encher um coração de homem. É preciso imaginar Sísifo feliz". Camus,O Mito de Sísifo

terça-feira, março 21, 2006

Até que ponto nos damos a conhecer...

Ontem, um gaijo que eu curto buerére (para usar um termo técnico, como diz alguém que tmb gosto), disse-me entre outas coisas, o seguinte:
“às vezes somos apenas e só a imagem falsa do que demonstramos ser.”
Confesso que fiquei preocupada, no entanto sei que nem sempre podemos estar bem...quem diz que sim, só pode ser um tonto. Mas temos sempre tendência a projectar aquela imagem de que tudo vai bem, de que nada nos afecta...pois sim.
Até que ponto conhecemos as pessoas que nos dizem algo?Até que ponto, essas pessoas se dão a conhecer verdadeiramente?Quem estabelece esse limite?Onde começa e onde acaba?Será que as pessoas no seu dia-a-dia se preocupam com questões do género: Só me vai conhecer até onde eu deixar, só vai conhecer o que eu quiser mostrar.Não sei, só sei que a maioria ergue uma capa de defesa, com medo de se dar a conhecer...Só que por vezes esquece-se de tirar essa capa, e transforma-se numa rocha, em que nada a afecta...nada a derruba...bad...bad...bad...porque mais tarde, essa rocha acaba por se desfazer em bocados, e quando olhamos para o chão, vemos bocados de nós...partículas soltas que tentam em vão juntar-se, mas a fragilidade já é tanta que não se consegue.O que é melhor? Erguer um muro à nossa volta?Mostrando aos outros uma falsa imagem do que somos?O que é pior? Dar a conhecer o nosso verdadeiro "eu"?Não sei...
Deixo no ar e aguardo respostas...
Ah...e não vale perguntar: qual foi a pergunta mesmo??Eheheheheh
Beijos

11 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Depende de quem nos damos a conhecer!!!!Por vezes não interessa mostrar como somos realmente, não nos leva a lado nenhum!!!!

10:40 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

completamente de acordo e só há vantagens nessa postura

11:26 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Às vezes não é o facto de não nos levar a lado nenhum, mas sim o facto de não nos expormos demasiado,mesmo que nos leve a algum lado. É a tal forma de defesa que a Mixikó refere, ou o chamado pisar terreno...

11:48 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

numa sociedade de imagem, ganharemos alguma coisa em nos mostramos como somos ao invés de mostrarmos aquilo que julgamos que os outros querem ver?
o problema é mesmo quando tudo se desmorona, quando percebemos a fragilidade do que facto somos e a fragilidade da máscara.
É então que percebemos que não valemos de facto nada e que o ancoradouro onde julgávamos que estavamos atracados não passa de mar revolto, ou pior ainda que a água onde julgávamos navegar não é mais afinal que lodo e areia.

2:39 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Na minha opinião eu acho que cada vez mais a sociedade nos exije que sejamos camaleões, ou seja, a necessidade de sobreviver transforma-nos de acordo com o que aquele emprego, ou aquele grupo de conhecidos quer que sejamos...
Pena é que de tanto nos transformar-mos em função da necessidade alheia, na maioria das vezes torna-se complicado o retorno e acabamos por não nos conhecer-mos, infelizmente cada vez é mais usual depararmo-nos com pessoas que quando para dentro e pensam: «como é que eu fui capaz de fazer/dizer isto ou aquilo?», já é tarde...
Tantas foram as vezes que tivemos de nos transformar em função da célebre desculpa do «teve que ser, era ele ou eu»...
É pena que na maioria das vezes que saimos do emprego não consigamos «fechar» totalmente a porta e levamos para junto da família e amigos as «cores» erradas!
Pena cada vez mais assistir-mos às ditas transformações de pessoas que consideramos, bons amigos e bons colegas!
E de quem é a culpa?! É da Sociedade. E quem é a Sociedade???!!! Ah pois é, somos todos nós, os bons e os maus...

Mixikó, ainda há muito boa gente que não se deixa transformar, são poucos é verdade, mas os há, há...

3:08 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Concordo com a Cookie, a sociedade exige cada vez mais que sejamos camaleões e dpois o resultado, é "que a água onde julgávamos navegar não é mais afinal que lodo e areia", como diz o propositadamente anónimo...este deve ser o Arqueólogo, ainda não disse nada hoje.

3:55 da tarde  
Blogger Mixikó said...

euxzinha Cookie...hihihi
beijos

4:01 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Conheço o Arqueólogo, sim.
e está mais para lá do que para cá...

4:37 da tarde  
Blogger Sy said...

Pois é ! A Cookie tem toda a razão ! Infelizmente ás vezes é preciso saber jogar com o cinismo. Só que ese cinismo é muito traicoeiro, e quando menos esperamos cai-nos encima e ... é tarde de mais !
Por isso sou muito da opinião que sejamos, sempre e em que circustâncias for, nós mesmos, nós próprios, com todos os nossos defeitos e perfeições ! Quem for realmente amigo saberá certamente lidar com isso ! E assim acordamos todos os dias com a consciência limpa e tranquila ! Quem gostar, goste e muito ! Quem não gostar, afaste-se que atrás vem gente !
E o Mundo vale mesmo a pena quando visto com os olhos da Verdade ! Não há nenhum mal que resista muito tempo.

12:07 da tarde  
Blogger Mixikó said...

Olá Sy, nem mais...
"Não há nenhum mal que resista muito tempo."
beijos

6:35 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

nem bem que não se acabe

10:48 da tarde  

Enviar um comentário

<< Home