Mixikó

"Apesar de tantas provações, a minha idade avançada e a grandeza da minha alma fazem-me achar que tudo está bem." Sófocles, Édipo

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"Esse Universo enfim, sem dono, não lhe parece estéril nem fútil. Cada grão dessa pedra, cada estilhaço mineral dessa montanha cheia de noite, forma por si só um mundo. A própria luta para atingir os píncaros basta para encher um coração de homem. É preciso imaginar Sísifo feliz". Camus,O Mito de Sísifo

sábado, junho 23, 2007

Baby ai-me crazy...onde estamos mergulhados...

"Outro" sacado do Macro...
Vale a pena ler até ao fim,para quem não tiver consciência do caos em que estamos mergulhados...venha de lá um IMAGINE...

"Recordo também que em 1988 eu e os meus colegas de faculdade fomos todos para o EUA - gozar 15 dias: uma semana em N.Y. e outra semana em Washington d.c. Dissémos que a coisa seria uma espécie de viagem de finalistas mas foi uma ramboiada 5 estrelas, ninguém morreu e o avião partiu e chegou bem.
Mas a letra do John Lennon previa a unificação de todos os homens numa irmandade pacífica, equacionada na canção Imagine... Esse velho sonho que jamais se concretizará, mas como somos todos animais sonhadores teremos sempre essa ilusão de que todos os seres humanos serão irmãos, o que também não é boa terapia, sobretudo porque muitos desses irmãos, a dado momento, deixam de se falar, e não é por andarem com as mulheres uns dos outros. Portanto, esse abraço do mundo, esse beijo da concórdia é um sonho do outro mundo, cá esbarra com difícil concretização.

Seja como for Imagine converteu-se numa música com uma forma global, hoje pouco ouvida,
embora unificadora dos homens e da humanidade no seu conjunto. E a partir daqui pode supôr-se que nos estamos a organizar para um novo espaço global, vertido no tal Estado mundial de que por vezes se fala, o que é outra utopia.

Mas o mais curioso é que a letra da música - se fosse levada à prática - revolucionaria todos os nossos hábitos, costumes e instituições: acabaria com os Estados, as religiões, erradicaria as guerras e viveríamos felizes para sempre. Tal, porém, não é possível: temos Estados, temos o durão Barroso em Bruxelas a dizer que é um líder (coisa que só é reconhecida por ele e pela esposa); temos o Médio Oriente em polvorosa com a Palestina em mais uma guerra intestina entre o Hamas e a Fatha; temos a Ota; temos Marcelo a dar 16 val. a MMendes; temos África e Angola que nunca mais é uma democracia; temos o quisto que é Cuba com o lagarto de Havana a querer conquistar a eternidade; temos a Coreia do Norte que, segundo um deputado do pcp, é um primor de democracia; temos o Fernando "Pretão" do psd com a tralha do António Preto na sua equipa; temos os números da Europa em matéria de crescimento económico, desemprego e PIB; temos uma avantesma da DREN quwe assusta a democracia e que drena maus fìgados por aí; temos ainda o Santana Lopes que também continua a andar por aí e agora chama Stalin ao MMendes; temos o deserto do Mário Lino; temos o mentecapto do g.w. Bush da América que inventou a Guerra ao Iraque; temos, por extensão, a arrastadeira do T. Blair. Enfim, temos ainda inúmeros problemas com todos os pontos do globo a contrariar o sonho de John Lennon e da letra da sua bela canção.

Entre o sonho e o desejo emerge a crua e dura realidade. Com o mundo partido, tecnologizado, dominado por uma cultura dominante, globalizado, com as alterações climáticas a ameaçarem o nosso balance, com a nossa demografia num caos infértil, sem mobilidade e energia de combate e com a ameaça de muitas epidemias a estalar por aí. Ou é a gripe das aves, ou um tsunami marado, ou o Bush a dizer asneiras, ou o Mário Lino a desejar ser comediante ou ainda a dona Guida da DREN a querer reproduzir em Portugal métodos e técnicas da ex-URSS.

Quer dizer, o nosso mundo encontra-se num perfeito estado de merda.. Líquido, sólido, gasoso, mas merda*. A ideia dum mundo melhor parece adiada, intra e extra-muros. Quando não há tsunamis, epidemias das aves ou conexos temos casos como a DREN, temos desertos de ideias, temos máscaras, temos ameaças à democracia, à governação e ao desenvolvimento social e económico de Portugal. Até temos um clima de Inverno em tempo de (quase) Verão... Tudo isto é muito estranho. E voltamos ao estado líquido, sólido e gasoso...

A ideia de One World - com uma democracia forte e vigorosa é comprometida com estes peanuts da vida, com esta poeira, com esta falsa ideia de progresso mascarado de democracia pluralista, mas por dentro com alguns sinais preocupantes de regimes ditatoriais. Depois, o turbo-capitalismo das multinacionais que operam no seio dos Estados também não respeitam grandes valores, pois o seu único guia é o capital, esse vil metal que tilinta mas não tem alma.
Bem sei que J. Lennon quando compôs a música nada sabia de globalização, ele era apena mais um sonhador com talento que teve um fim triste porque, um dia, um energúmeno deu-lhe um tiro à porta de casa porque o músico parece não ter querido dar-lhe um autógrafo dias antes.


Mas se a consciência mundial do ser humano está a evoluir para a tal consciência global - que buscará novas formas de governabilidade, desenvolvimento sustentável e o mais, seria útil que aproximássemos um pouco mais do sonho de John Lennon, mesmo que saibamos que a prazo pouco (ou mesmo nada) lograremos com essa intenção. Sobretudo, porque as nossas motivações, experiências e fronteiras são hoje muito diferentes das de J. Lennon - de há 30 anos.. Embora a pedra angular do sonho continue intacto.
Ainda assim valerá a pena evocá-lo aqui e lembrar essa peça dos tempos que já conquistou a eternidade. Resta-nos - Imagine..."

quinta-feira, junho 14, 2007

Brecht

"Uma vez, um professor de filosofia foi visitar o senhor K e começou a falar do seu próprio saber. Passados momentos, disse-lhe o senhor K assim: "Não estás sentado à vontade, nem falas à vontade,nem pensas à vontade." O professor de filosofia ficou irritado e respondeu: "Não é sobre mim que estou interessado em saber qualquer coisa,mas sobre o conteúdo do que eu dizia". "Não tinha nenhum conteúdo", replicou o senhor K. "Vejo que és trôpego a andar, e por mais que andes não chegas a lado nenhum. És obscuro a falar, e por mais que fales não fazes nenhuma luz. Quando observo a tua atitude, o teu objectivo deixa de me interessar."

In, HISTÓRIAS DO SENHOR KEUNER

terça-feira, junho 12, 2007

12 de Fevereiro 2007

Hoje é dia 12...
Foi numa segunda-feira dia 12 de Fevereiro...a 15 dias do aniversário do Avó...Eram 06H30 da manhã...mais minuto,menos minuto...o meu filhote acorda a chorar,como se tivesse tido um pesadelo.Chora muito sentido...dizia que não conseguia respirar que não tinha tido nenhum sonho mau...horas depois, recebemos a notícia da morte do Avó...O que foi aquele despertar??Cada um tem a sua teoria,cada um acredita no que quer...para mim,foi uma despedida entre Avó e neto...um silêncio profundo se fez ouvir...o silêncio do choque de não mais vermos quem gostamos...e de quem esperavamos o regresso em breve...afinal...como diz e muito bem,alguém que conheço "a morte é uma coisa muito estúpida"...mas o Avó partiu feliz porque por todos foi amado, até ao fim dos seus dias...e isso é muito importante...até um dia...

segunda-feira, junho 11, 2007

ser limitado é fogo...

Estávamos "nois" duas num elevador de uma zona comercial, quando oiço uma broncobilly assim a dizer para a outra:

- vi a nao-sei-quantas-no outro dia,estava tão feia,tão velha,cheia de rugas,velha mesmo,estava horrível.

Desculpem lá...mas que parte é que essa broncobilly não percebe de que todos, até ela própria caminha para lá??Será que aquela alminha pensa, o que duvido porque o cerebro deve ser do tamanho de uma ervilha...mas será que ela julga que vai ser eternamente jovem??Ainda por cima não devia de se ver ao espelho certamente...ó gentinha limitada...

sexta-feira, junho 01, 2007

Donzelas de Papel



Quem nunca ouvir falar da amada de D. Quixote - Dulcineia - ponha o dedo no ar...
O Atelier Viana Cabral inspirou-se nas páginas de D. Quixote para esculpir versões reais, da mais i(rreal) das princesas...e o resultado é magnífico...um belo trabalho.
Têm cerca de 40 cms e muita cor e são feitas em ...papel. Segundo Ricardo Cabral, o uso da pasta de papel é inspirado nos cabeçudos das romarias minhotas e toda a colorida ornamentação das bonecas é uma recuperação dos tradicionais trajos do minho e dos seus característicos lenços de namorados.
Onde comprar? No Atelier 55, Rua António Maria Cardoso, nº 70/74.