Impressionante a obra de Miguel Ângelo na Capela Sistina,não?
“Miguel Angelo que não era pintor nem queria sê-lo,estava predestinado para dar lições de grandeza,mesmo na ointura.Miguel Ângelo segundo consta, foi muito influenciado pelo pintor atormentado LUCA SIGNORELLI (entre 1440 e 1445-1523).
Decorria o ano de 1508 quando “Bramante,amigo e parente de Rafael Urbino,vendo que o Papa beneficiava Miguel Angelo,persuadiu-o para que Sua Santidade,em memória de Sixto IV,seu tio,o fizesse pintar a abóboda da capela que aquele tinha feito no palácio.Mas Miguel Angelo considerou a obra demasiado grande e dificil e, tendo em conta a pouca prática que tinha no tratamento da cor,recorreu a todos os argumentos que se possam imaginar para não o fazer (...). Finalmente,o grande escultor resignou-se e pôs mãos à obra naquele trabalho heróico.
Miguel Angelo esteve quatro longos anos encerrado na Capela Sistina, enfrentando inúmeras dificuldades,pois a sua inexperiência na arte da pintura a fresco obrigou-o a refazer as obras várias vezes.
As amarguras que o artista viveu enquanto pintava a Capela Sistina ficaram patentes na tónica de sinceridade e profunda melancolia que impera no conjunto das abóbodas(...).
Foi inaugurada no dia de Todos os Santos de 1512. (...).
O Papa queria que a abóboda ainda fosse enriquecida com cores vivas e toques de ouro e Miguel Angelo respondeu que os patriarcas e profetas que tinha pintado “nunca foram ricos e sim homens santos porque desprezavam a riqueza”.
Vinte e cinco anos mais tarde,Miguel Angelo voltava a entrar na Capela Sistina para pintar sob as ordens de outro Papa,da familia de Farnesio,a grande parede do fundo.
Miguel Angelo que representara nas alturas as origens da Humanidade,pensou que o mais apropriado para a parede do fundo era representar o último acto da tragédia humana:O Juízo Final(...). O artista trabalhou no Juízo Final durante seis anos e a obra foi inaugurada no dia do Natal de 1541”.
In, história da Arte – Pág.46 a 60