Mixikó

"Apesar de tantas provações, a minha idade avançada e a grandeza da minha alma fazem-me achar que tudo está bem." Sófocles, Édipo

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"Esse Universo enfim, sem dono, não lhe parece estéril nem fútil. Cada grão dessa pedra, cada estilhaço mineral dessa montanha cheia de noite, forma por si só um mundo. A própria luta para atingir os píncaros basta para encher um coração de homem. É preciso imaginar Sísifo feliz". Camus,O Mito de Sísifo

sexta-feira, dezembro 29, 2006

+++****++

O tempo passa como um raio...6 anos...e parece que foi ontem que o meu pai se transformou num imenso céu estrelado...bahhhh
A todos...obrigada pelos votos de boas festas...portem-se mal...
Beijos e abraços estrelados***+++***++

quinta-feira, dezembro 28, 2006

Hoje sinto-me assim...


As vezes no silêncio da noite
Eu fico imaginando nós dois
Eu fico ali sonhando acordado juntando
O antes o agora e o depois
Por que você me deixa tão solto?
Por que você não cola em mim?
Tô me sentindo muito sozinho
Não sou nem quero ser o seu dono
É que um carinho às vezes cai bem
Eu tenho os meus desejos e planos secretos
Só abro pra você mais ninguém
Porque você me esquece e some
E se eu me interessar por alguém
E se ela de repente me ganha
Quando agente gosta é claro que agente cuida
Fala que me ama só que é da boca pra fora
Ou você me engana ou não está madura
Onde está você agora

Caetano e Bacall

quarta-feira, dezembro 27, 2006

Um ano de blog...blogue ou berlogue...

Jáaaaaaaaa???O tempo passa ...Confesso que nem sempre me apetece escrevinhar aqui...outras x " escrevinho" como se estivesse possuída pelo Demo...não há nada a fazer...é agradável saber que estão desse lado e que vão passando por aqui, claro que sim...mas, estou ciente do que escrevo...do que é mesmo meu...um grande nada...mas, é melhor fracassar na originalidade ou ser bem sucedido na imitação (interessante texto do RPM este)...prefiro fracassar na originalidade...pode ser mau, mas é meu e só meu...e igual duvido que encontrem...é meu é meu é meu (onde já ouvi isto?)lol

Apretece-me republicar um post de Março06...porquê?Perguntam...porque ainda estou a ouvir Carmina Burana...como se fosse "onti"...o que eu gosto...tanto,tanto...era capaz de ver de novo e x sem conta, Carmina Burana no Pavilhão Atlântico...Aqui vai (se percebesse alguma coisa disto, diria, ao som de Carmina Burana...)

"Do you come for fun?No, I came for you"
Ontem ouvi uma música na Radar...maravilhosa...Tenho pena que não ligue a quem canta, depois de ouvir a música fico a cortar os pulsos...porque nunca me lembro de quem é...a de ontem...posso dizer que me sugou a atenção até ao tutano...se não posso, já disse...e fiquei um bom bocado a ouvir e parecia que não tinha fim...na realidade eu não queria que tivesse fim, estava tão bem...há músicas que nos transportam...para lado nenhum.Sim, estranho?Entendo. Mas a ideia é essa mesmo...ficarmos queitos, parados no tempo, entre o céu e a terra e ouvir...simplesmente, sem estar propriamente com uma depress, ou sem elaborar uma tese sobre: para onde nos transporta a música...algo assim do género...
Lembro-me de uma férias em Setembro (juro que n ão estou a cantar aquela música, eheheheh), passadas em casa dos meus primos...tinhamos sempe presença marcada, ao final do dia no quarto do meu primo para ouvir....Carmina Burana...lindo...e tão alto que ouvíamos...e ouvia-se sempre a minha tia cá em baixo a dizer que o meu primo estava com uma depressão...só por ouvir aquela música...mas não era nda disso, ouvíamos pelo simples prazer de...ouvir Carmina Burana.Porque temos de arranjar sempre uma justificação para os nossos actos???BahhhhhhhhhBeijos

"Que tua alma dê ouvidos a todo grito de dor,Tal como o lótus abre o seu coração para sorver o sol matutino.”

- A Voz do Silêncio antigo texto budista

Outro post do Arqueólogo...vale a pena ler até ao fim...

NATAL - Época de paz
Estamos entre o Natal e a passagem de Ano.Todos sabemos que é uma época em que mais reflectimos sobre o que passou e o que virá. Os Cristãos celebram o nascimento do seu salvador, os Muçulmanos o nascimento de um dos profetas maiores, Jesus Cristo (para quem não sabe, para os Muçulmanos reconhecem Cristo como um dos seus profetas).Nesta época personalidades conhecidas do mundo do espectáculo, políticos e religiosos tornam públicos os seus desejos, as suas vontades, as suas predicas.Um pouco por todo o lado desejamos ao nosso semelhante mais e melhor de tudo.Compramos e trocamos presentes. Fazemos discursos, almoços e jantares de amigos, de família, de colegas.

E basta olhar em nossos redor, para os jornais, rádios e televisões para percebermos que estamos em época de paz e de amor.
Tirem as provas vós mesmos:"Dobro dos mortos na Operação Natal deste ano em relação a 2005" - Público 27/12/2006"Explosão de oleoduto na Nigéria faz mais de 260 mortos"- Público 27/12/2006"Tropas etíopes avançam para a capital somali"- Público 27/12/2006"Saddam Hussein pode ser enforcado "a partir de hoje"- Público 27/12/2006"Aquecimento do planeta é irreversível"- D.N. 27/12/2006"Trânsito: Dobro dos mortos na Operação Natal deste ano face a 2005"-Lusa 27/12/2006"Médio Oriente: Olmert retoma operações "pontuais" contra Faixa de Gaza"- Lusa 27/12/2006

Como bem se vê é época de paz e de amor.Aliás, toda a História do próprio mensageiro da paz é toda cheia paz e de amor:-nascimento num manjedoura, porque ninguém deu guarida aos pais;-Herodes manda matar todos os primogénitos porque uma predição dizia que tinha nascido o Rei;-S. João, o Baptista, fica literalmente sem cabeça;-Judas Iscariotes dá o ósculo e entrega o Salvador ao cadafalso;-por sua causa milhares dos seus seguidores são martirizados; alguns estão nas célebres catacumbas de Roma;-Em Seu nome largos milhares de pessoas são torturadas e queimadas vivas pela Santa Inquisição, em praça pública. Felizmente que João Paulo II pediu perdão por esse facto...-o Papa dos sapatos Gucci na sua benção Urbi et Orbi (à Cidade e ao Mundo) relembra os pobres que morrem à fome e à sede, que são vítimas da pobreza e das doenças; esperei que a todo o momento ele leiloasse uma qualquer peça do seu vestuário (sapatos incluídos) e com o produto da venda alimentasse durante 1 ano dezenas de sub-saarianos.

Enganei-me... mais uma vez.Perante este cenário é óbvio que estamos numa quadra de paz e amor. Só eu é que não vejo...Expliquem-me só uma coisa, para ver se eu entendo: se os homens desejam a paz uns aos outros e se são esses mesmos homens que fazem a guerra e o desentendimento. Se são os homens que lamentam os pobres mas não mexem uma palha para ajudarem o seu semelhante, não haverá por aqui uma pequena contradição?Será que cada um de nós não se esconde atrás da capa do colectivo para nos desculparmos dos males do mundo?Bem, sendo assim... desejo-vos alegria, paz e amor e só não desejo a paz no mundo para não me obrigarem a concorrer a um concurso de miss mundo.chiça!!!!

Do Arqueólogo...Delicioso...

Descobertos os males do mundo --Campanha C.M.L.
Ao fim de longos anos de aturados estudos sociológicos e de um acompanhamento exaustivo de vários fenómenos culturais e sociais, finalmente e comprovadamente descobri a razão dos males deste país e, quiçá do mundo.Como não podia ficar indiferente e porque acho que devo partilhar esta descoberta, de que valeria o prémio Nobel de qualquer coisa, venho aqui hoje demonstrar por A + B esta fenomenal descoberta, colocando-a à consideração dos meus leitores (ainda que seja só eu, sou leitor na mesma).

Male(s) económico(s) portugues(es):O deficit. Ora por definição, deficit quer dizer que gastamos mais do que temos para gastar. Solução: ou gastamos menos ou aumentamos as receitas. Gastar menos é sempre complicado. Resta-nos portanto aumentar as receitas.A minha teoria é de que existe um grupo económico que tem a culpa. Para já, vamos chamar este grupo CML (não é Câmara municipal de Lisboa).O grupo CML é um grupo que trabalha e que raramente paga impostos. Se pagasse impostos aumentaria consideravelmente as receitas do estado resolvendo o problema do deficit.A nível das empresas também o CML é o culpado pelos seus baixos lucros. Porquê? Porque surrupia das empresas parte dos seus bens de forma continuada e repetidamente.Portanto, como vêem, o problema do deficit está resolvido.

Outro mal nacional é a falta de cultura e literacia.Mais uma culpa do grupo CML.O grupo em referência é maioritariamente constituído por pessoas de baixo índice escolar e cultural. Se fosse um grupo mais culto, compraria mais livros interessantes e culturais (Maria, Lux, Hola, Caras e quejandos). Resolveria a crise instalada nas editoras, aumentaria as produção de pasta de papel, que por sua vez viabilizaria ainda mais a Portucel, que empregaria mais gente a plantar eucaliptos (a grande riqueza florestal da parte do país que ainda não ardeu), que teria mais lucros e que pagaria mais impostos, ajudando a resolver o problema do parágrafo anterior.Pelo acima exposto é bem de ver.

O grupo CML é o responsável por todo o mal. E é verdade que leva as culpas todas de tudo, mas nada se faz.Se nos desaparece da cozinha da empresa uns litros de leite, de que é a culpa? CMLSe as empresas não estão a trabalhar eficientemente, de que é a culpa? CMLSó me resta fazer uma coisa e tenho que me despachar a escrever o texto, não vá aparecer alguém do CML e ser culpada disto ser apagado.Aquilo que proponho é um gigantesco abaixo-assinado ao Governo, à Assembleia da República e, talvez ao Conselho de Segurança das Nações Unidas, no sentido de moralizar o CML, se necessário for com os capacetes azuis, isto antes que o Bush veja no CML um possível ataque massivo a qualquer coisa.Dou portanto como aberto a grande campanha CML --- ou seja Culpa das Mulheres da Limpeza --- CMLE assim resolveremos os males do mundo e arredores. Porque ninguém me tira da cabeça que se já não há água em Marte, foram elas que o limparam.

terça-feira, dezembro 19, 2006

A Mixikó deseja...

Boas festas a todos que por cá passam...e que o Ano de 2007 seja seja uma viagem ao Arco-Íris em busca de todos os sonhos...porque o tesouro, esse existe em cada um de nós...
E acreditar nisso basta para fazer "desta viagem", a mais rica de todas... Beijos e abraços per tutti

Árvore de Natal..

Desculpem lá...mas, como é possível passar de carro pela praça do comércio e ver aquela gente toda especada, a olhar para a árvore de natal?Não me digam que é porque nunca viram uma árvore e que nem todos podem fazer uma árvore de natal...tretas...ó pobreza de espírito...se me virem lá, p.f. atirem-me ao rio, mandem-me internar...é porque não estou boa da cabeça...

Camus, Camus...

Perguntaram-me, em conversa, que lista tinha eu de livros para este Natal...antes de eu responder disseram: - deixa-me adivinhar, "a morte e o absurdo da existência"...e eu disse que não, que desta vez não tinha em mente nenhum dos meus autores existencialistas...nem mesmo um Camus...devo estar doente...eheheheheh

Artur e os Minimeus...

Fui com o meu filho e sobrinha ver este filme...mas, desta vez fiquei mesmo pela Beloura...i.e. não houve stress...bem, o único stress foi o facto de ter de comer um balde cheio de pipocas, só para as crianças não abusarem dele...lol...e confesso que não foi nenhum sacrificio...mas não fiz barulho e nem atirei pipocas pelo ar...eheheheheh...O filme mostra-nos que o tamanho do ser humano não é importante, o que é importante é a vontade de um coração puro que move montanhas...um filme ternurento apesar do maléfico "M"...muáaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa

segunda-feira, dezembro 18, 2006

Tou tramada...

Viva...querem-me fazer a folha...tou lixada...tive um exame de controlo de gestão, cheio de conceitos...começou tudo a reclamar, porque o prof. disse que não saia nenhum cálculo, mas que tínhamos de interpretar balanços e o diabo, até aqui tudo bem...mas a malta ao ver o exame só com conceitos ficou fula...sabem o que o prof. respondeu em alto e bom som?"Fiz este exame a pedido da"..."Mixikó"...P.O.R.R.A. Olharam todos para mim, como se eu tivesse culpa de algo...já disseram que tenho de engolir uma malagueta inteira no jantar de turma...dream on...Que culpa tenho eu, se o prof.achou que fez um exame para mim, sem eu pedir nada?E ainda por cima virou-se para mim à frente de todos e disse, que eu tinha de ter pelo menos um 16...ahahahahah...nem tinha estudado a matéria toda, li sim, um livro de gestão que ele tinha recomendado...para nada...estes romanos estão loucos!

quarta-feira, dezembro 13, 2006

Pelo cano abaixo...

Na sexta-feira foi uma aventura...fui com um amiga levar a "criançada" ao cinema...sexta-feira à tarde-feriado- no Vasco da Gama...nem vos passa pela cabeça, por mais voltas que dêem...foi a visão do inferno.
Mas, valeu a pena...o filme foi um espectáculo...aconselho vivamente a miúdos e graúdos.

Cadê?????O grito do Google...

"O grito - Edvard Munch foi um pintor norueguês que se especializou em pintar as emoções. Ele dizia que não era importante pintar as pessoas, mas sim os seus sentimentos, a dor, o medo, a surpresa, a paixão, a compaixão e daí por diante. O curioso é que comumente ele pintava um quadro diversas vezes, até ficar satisfeito. O quadro chamado "O Grito", foi pintado 50 vezes antes do artista dar a obra por concluída. Paciência? Determinação? Mania de perfeição? Loucura? Talvez tudo isso.

Munch teve uma vida muito complicada - incluindo a perda dos pais ainda muito jovem - e mostrou uma forte influência desses fatos em seu comportamento durante a vida. "O Grito" é talvez o seu quadro mais conhecido e mostra uma angustia interior descomunal. Não é só o personagem central que grita. Toda a natureza, todo o universo ao seu redor é um grito de desespero. As cores fortes, a paisagem que parece movimentar-se e envolver o personagem lembra Van Gogh, que também foi um artista com marcantes traços de loucura."
In, CyberArtes

terça-feira, dezembro 12, 2006

Lançamento do Livro...

É de uma amiga, de um amigo meu...consegui dizer tudo de uma vez...isto está bonito...

A Alêtheia Editores, com o apoio da Câmara Municipal de Lisboa,
tem o prazer de o convidar para o lançamento do livro

FADOS NOSSOS

Alexandra Cabrita/Jorge Simão

dia 12 de Dezembro, pelas 22.30 horas, na discoteca Lux.
(Av. Infante D. Henrique, Armz A - Cais da Pedra a St.ª Apolónia 1970-376 Lisboa)
A apresentação será seguida de uma noite de fados.
Será servido vinho «Conde Vimioso», célebre amante da Severa.

A despedida de Kofi Annan...

Do Eterno Annan que recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 2001...

"O secretário-geral da ONU, Kofi Annan pediu para que os Estados Unidos mostrem um tipo diferente de liderança ao trabalhar com outras nações, em seu discurso de despedida do cargo, nesta segunda-feira, no Estado americano do Missouri".
"Hoje, mais do que nunca, os americanos, como o resto da humanidade, precisam de um sistema de funcionamento global no qual a população mundial encare desafios globais em conjunto", disse Annan em um discurso realizado na biblioteca do ex-presidente americano Harry Truman, na cidade de Independence. "E para que ele funcione, o sistema exige uma liderança americana de visão, na tradição de Truman", acrescentou.
"Jonathan Beale, correspondente da BBC em Independence, diz que o discurso de Annan foi encarado como uma repreensão ao governo de George W. Bush."

Alberto Caeiro

Para o Pedro do citadinokane, espero que esta leitura o faça sorrir...

I - Eu Nunca Guardei Rebanhos

Eu nunca guardei rebanhos,
Mas é como se os guardasse.
Minha alma é como um pastor,
Conhece o vento e o sol
E anda pela mão das Estações
A seguir e a olhar.
Toda a paz da Natureza sem gente
Vem sentar-se a meu lado.
Mas eu fico triste como um pôr de sol
Para a nossa imaginação,
Quando esfria no fundo da planície
E se sente a noite entrada
Como uma borboleta pela janela.

Mas a minha tristeza é sossego
Porque é natural e justa
E é o que deve estar na alma
Quando já pensa que existe
E as mãos colhem flores sem ela dar por isso.

Como um ruído de chocalhos
Para além da curva da estrada,
Os meus pensamentos são contentes.
Só tenho pena de saber que eles são contentes,
Porque, se o não soubesse,
Em vez de serem contentes e tristes,
Seriam alegres e contentes.

Pensar incomoda como andar à chuva
Quando o vento cresce e parece que chove mais.
Não tenho ambições nem desejos
Ser poeta não é uma ambição minha
É a minha maneira de estar sozinho.

E se desejo às vezes
Por imaginar, ser cordeirinho
(Ou ser o rebanho todo
Para andar espalhado por toda a encosta
A ser muita cousa feliz ao mesmo tempo),

É só porque sinto o que escrevo ao pôr do sol,
Ou quando uma nuvem passa a mão por cima da luz
E corre um silêncio pela erva fora.

Quando me sento a escrever versos
Ou, passeando pelos caminhos ou pelos atalhos,
Escrevo versos num papel que está no meu pensamento,
Sinto um cajado nas mãos
E vejo um recorte de mim
No cimo dum outeiro,
Olhando para o meu rebanho e vendo as minhas idéias,
Ou olhando para as minhas idéias e vendo o meu rebanho,
E sorrindo vagamente como quem não compreende o que se
diz E quer fingir que compreende.

Saúdo todos os que me lerem,
Tirando-lhes o chapéu largo
Quando me vêem à minha porta
Mal a diligência levanta no cimo do outeiro.
Saúdo-os e desejo-lhes sol,
E chuva, quando a chuva é precisa,
E que as suas casas tenham
Ao pé duma janela aberta
Uma cadeira predileta
Onde se sentem, lendo os meus versos.
E ao lerem os meus versos pensem
Que sou qualquer cousa natural —
Por exemplo, a árvore antiga
À sombra da qual quando crianças
Se sentavam com um baque, cansados de brincar,
E limpavam o suor da testa quente
Com a manga do bibe riscado.

NIRVANA...The Man Who Sold The World

We passed upon the stairs, we spoke in was and
when
Although I wasn't there, he said I was his friend
Which came as some surprise I spoke into his eyes
I thought you died alone, a long long time ago
Oh no, not me
we never lost control
You're face to face
With the man who sold the world

I laughed and shook his hand, and made my way back home
I searched for form and land, for years and years I roamed
I gazed a gazeless stare, we walked a million hills
I must have died alone, a long long time ago

Who knows? not me
I never lost control
You're face to face
With the man who sold the world
Who knows? not me
We never lost control
You're face to face
With the man who sold the world
lálál´la´la´la´la´la

quinta-feira, dezembro 07, 2006

Uma pausa...

"Esta manhã, antes do alvorecer, subi numa colina para admirar o céu povoado,
E disse à minha alma: Quando abarcarmos esses mundos e o conhecimento e o prazer que encerram, estaremos finalmente fartos e satisfeitos?
E minha alma disse: Não, uma vez alcançados esses mundos prosseguiremos no caminho."

Walt Whitman

A sério??Ninguém diria pá...

Segundo um estudo que foi feito, os Portugues estão-se a marimbar para a Ciência...nem uma revistinha científica lêem...Ora bolas e querem que eu acredite nisto??
Atão e aquelas revistas científicas que atropelam diariamente os tugas?A Caras e Holas e Lux???Não sei bem o nome...bahhhhhhhhhhhhh...então não gostam!?...gostam pouco.

terça-feira, dezembro 05, 2006

Aproveitar a onda...

Já que estamos em maré do grande Milan Kundera, deixo-vos aqui umas linhas para abrir o apetite...

"Não, não costumava conduzir-se assim, e estava nervosa e tensa; mas compreendera desde o início da intimidade de ambos que o pintor exigia dela um género livre e surpreendente de manifestações amorosas,que queria que ela se sentisse inteiramente livre e à vontade com ele, solta de tudo, de todas as convenções, de todo o pudor, de toda a inibição; gostava de lhe dizer: "não quero que me dês nada a não ser a tua liberdade, a tua liberdade total!" e queria ser convencido a cada instante dessa liberdade.(...) Sentia-se como uma turista que tem diante dos olhos as mais belas paisagens,mas que está demasiado cansada para lhes apreciar a beleza; não extraía alegria nenhuma do seu amor, mas sabia que era um amor belo e grande e que não devia perdê-lo".

In, A vida não é Aqui - pág.47/48


" Agnès estava à espera desta pergunta. Era por isso que gostaria de estar sozinha com o desconhecido. Sentia-se incapaz , diante de Paul, de responder:"não quero viver mais com ele" Não pode dizê-lo na presença dele, nem ele diante dela, embora seja provável que também ele gostasse de viver a sua próxima vida de um modo diferente e, por conseguinte sem Agnès. Porque dizerem em voz alta um diante do outro: "Numa oróxima existência, não queremos ficar juntos, não queremos voltar a encontrar-nos", equivaleria a dizer: "nenhum amor existiu ou existe entre nós". (...)
Agnès reúne todas as suas forças e responde em voz firme:"Preferimos não nos tornarmos a encontrar".
E é como se batesse com a porta ante a ilusão do amor"

In, A Imortalidade - pág. 44/45

segunda-feira, dezembro 04, 2006

Mar alto...

Este fds deu para me desligar um poukito...uma tarde bem passada em casa de uns amigos (só faltavas tu pá)...os gaijos tentam falar de assuntos sérios...à gaijo mesmo...(será isso um sinal de que estão a ficar cotas??Lol), é que até podiam-se picar com anedotas de Engenheiros e Gestores, mas nem isso (como um almoço que tive, uma vez, na APG, confesso que chegou a ser um tédio...o assunto versava s/anedotas de Advogados, Economistas, Gestores e o diabo...como ninguém se conhecia, acharam ser essa a melhor solução). Mas, isto só pra dizer que o meu grupo, até tenta, mas volta e meia a conversa descamba...o que é bom...é saudável...estar assim no meio de pessoas, com as quais estamos verdadeiramente à vontade...em que não são precisos joguinhos de bem parecer, de bem querer, de cinismo, de pedantismo...eu sei lá...sentir que podemos "baixar a guarda" porque não vamos ser atacados, avaliados, invejados...e o diabo.

Se soubessem o enjoo que tenho das pessoas ultimamente...a gota d'água foi a reunião do Vimeiro...que enjoo...aturar pessoas que não interessam a ninguém...e estou-me bem a borrifar quem leia isto...é que não há pachorra...a mim, faltou-me...e falta-me...e é cada vez pior, aguentar pessoas desse género...que transpiram falsidade por todos os poros...qual será pior?Estes ou aqueles que são tão doces mas, que um dia têm atitudes que não lembram a ninguém? A quem será mais fácil de perdoar ou de ignorar?Ando fartinha de... pessoas... devia de haver uma maneira de sabermos logo à partida, quem não interessa...para não perdemos o nosso tempo, que podia ser bem enpregue de outras maneiras...até mesmo com a leitura de um bom livro...um acto isolado bem sei,mas muito mais rico do que um dia inteiro passado com pessoas que não interessam...e o nosso tempo é tão precioso, não é?
Beijos per tutti